Ela é uma tremenda prostituta,
uma meretriz, mercenária
Aceita qualquer trocado daquele que queira usá-la
Ela não dorme,
vara a madrugada sendo varada,
às vezes, em troca de nada
Ela é uma baita de uma vagabunda,
uma vadia, andarilha
E, neste vagar, ela dispensa vestes
Ela, sem escrúpulos, despe-se aos olhos de qualquer pessoa,
não tem vergonha sequer das ingênuas criancinhas
Ela é uma cruel genocida
Ela mata, seja no atacado ou no varejo, ela mata
Ela é má,
a causa de todos os tipos de contenda humana
Ela é o estopim das guerras entre os homens,
a mais voraz das bombas,
e que nem precisara por aqueles ser inventada
Ah! Se eu pudesse…
Acabaria com ela, agora, agora mesmo
Mas, infelizmente,
eu não posso,
pois seria também a minha autodestruição,
uma vez que ela já se entranhara em minh’alma
Ela me manipula o tempo todo,
ela é dona até de meus sonhos
Ela está aqui, em mim, ela está aí também
Ela é onipresente,
ela é dona do Todo
Mas eu ainda hei de dar a volta por cima,
e arranjarei um jeito em não mais sermos teus escravos,
em não mais precisarmos de ti,
maldita “Palavra”!