Eu preciso remoldar a minha alma,
a fim de dar uma nova forma
e alcançar os benefícios
por mim apetecidos
Terei de voltar à perdida infância,
porquanto acredito que seja ela o lugar
onde depositaram as qualidades
que me deixam desconcertado
Não sei como,
mas sinto a necessidade em esvaziar-me de mim mesmo
Assim,
quiçá poderei expurgar as sujidades
que insistem em me constituir
Encontrando-me já em pleno frívolo vazio de minha puerícia,
farei com que esta seja
novamente preenchida… E com aquele escrete que será por mim selecionado
É que eu nunca quis “ser aquela velha opinião formada sobre tudo”,
mas vejo que “essa metamorfose ambulante”
é um arranjo que
também não melhor me compõe